Partitura e Tablatura
Para a pluridade do mercado editorial, sim: partitura e tablatura. A publicação de partituras “bilíngües” provê informações musicais de praticamente todos os níveis: as notas, suas interpretações, digitação clara e objetiva e, acima de tudo, dá ao leitor caminhos a escolher.
Cada um dos sistemas oferece vantagens e desvantagens e partilham a possibilidade de utilizar recursos de uma e outra, conforme necessário. Testemunhamos isso diariamente na Presto. A tablatura registra a mecânica do tocar, permite maior agilidade de assimilação. A partitura registra pontos de vistas interpretativos que quem a escreve tem sobre a música.
Ao meu ver, a tablatura resolve o provável maior problema de leitura do violão: cada nota é imediatamente localizada. Não há dúvidas quanto a isso: 5ª casa da 3ª corda é exatamente o que se lê, pois há apenas uma 5ª casa e apenas uma 3ª corda. Ler uma partitura para violão pode ser uma tarefa árdua: decodificar as notas, organizá-las de modo que possam ser executadas com fluência e sem nunca atrapalhar o que vem na sucessão dos tempos e compassos. (Aqui um esclarecimento para os não-familiarizados com partituras: nela nota-se a altura da nota, e uma mesma altura pode ser tocada em diferentes regiões do braço.)
A idéia de que a tablatura não oferece notação rítmica procede parcialmente. O uso de figuras rítmicas sobre os numerais é recurso corrente, mas ainda não diferencia semínima de mínima. Se, de um lado há mais o que ler, de outro, ganha-se em completude. Pode-se incluir sem dificuldade extra-notas: articulações, notação de dinâmica e ainda eximir-se de aprofundar-se na digitação, informação esta inerente ao sistema.
A partitura exige maior treinamento e conhecimento adquirido do leitor, à medida que abarca mais elementos; seu foco é notar mais da música. A tablatura, por outro lado, faz um mapa da mecânica do tocar, mostra qual o caminho a ser percorrido pelas mãos do instrumentista. A tablatura funciona como um plano cartesiano, que entrega as coordenadas de onde seu dedo vai cair, por isso é rapidamente compreendida e convertida em sons. Sim, sons, não necessariamente em música. Ela não te mostra a intenção musical do compositor ou intérprete, isso fica a cargo do instrumentista. Se este tiver competência para tal, ótimo, se não, tudo que consegue é um agrupado de sons, o que para tantos, basta.
A partitura é o método de notação adotado há séculos para praticamente todos os instrumentos ocidentais, notável vantagem histórica. Sendo assim, é aprimorada sem cessar, desde suas formas rudimentares. A tablatura tem a desvantagem de falar tão-só para um instrumento por vez.
A partitura é o método de notação adotado há séculos para praticamente todos os instrumentos ocidentais, notável vantagem histórica. Sendo assim, é aprimorada sem cessar, desde suas formas rudimentares. A tablatura tem a desvantagem de falar tão-só para um instrumento por vez.
Partitura ou Tablatura
Do nosso ponto de vista editorial, partitura. Pelo seu princípio, sua essência – que é toda a bagagem teórica e história que a sustenta – e não por hábito ou apego à tradição. Simplesmente porque ela contempla as bases estruturais do sistema linguístico e a clareza de pensamento de quem a escreve.
O custo de se interiorizar os signos de uma partitura a ponto da leitura se tornar fluente é pequena frente aos benefícios a que ela conduz. Tendo a partitura nascido para comunicar música, o faz com propriedade e permite a realização de diferentes estilos e abordagens.
Escrever uma partitura é uma atividade antes de tudo autoral, pois exige domínio da linguagem e permite estilo de escrita. Como qualquer linguagem, oferece vias para transmitir uma mesma mensagem, e a ferramenta que norteia a organização dessa mensagem é o bom-senso, codinome que atribui sucesso ao senso-cumum. Isso, felizmente, permite que uma boa partitura seja mais intuitiva que a tablatura para quem tem um bom domínio da leitura.
Contrate a Presto para fazer a sua partitura, transcrição, música ou livro.